‘Senti ardência e apaguei’, diz vereador vítima de intoxicação após beber refrigerante em SC
30/10/2025
(Foto: Reprodução) Análise do refrigerante tomado por vítimas de intoxicação continua na Polícia Científica
O vereador e técnico de enfermagem Márcio Granemann foi um dos 12 funcionários intoxicados no pronto-atendimento de Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina, após um café da tarde. A suspeita é de que a reação tenha ocorrido após o consumo de um refrigerante no local. Ao g1, ele contou que sentiu “ardência na garganta” logo após consumir a bebida.
“Tomei dois copos e senti uma ardência na garganta. Era como quando alguém limpa o banheiro ou ambiente fechado e sente o gosto do alvejante. Fiquei tonto e apaguei", relatou.
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Granemann foi internado por uma noite no mesmo dia em que ingeriu o refrigerante, em 21 de outubro. A Polícia Civil investiga o caso e duas pessoas foram presas.
Segundo o vereador, tudo aconteceu durante um plantão comum. Por volta das 17h, ele foi até a cozinha da unidade de saúde sozinho e tomou dois copos do refrigerante de dois litros que já estava aberto.
“Não vi quem levou, soube depois. No momento apenas vi o refrigerante e bebi”, contou.
Após beber o refrigerante, Granemann foi até a recepção do pronto-atendimento e começou a sentir tontura. Ele se sentou e, pouco depois, desmaiou. Foi internado naquela noite e recebeu alta no dia seguinte. Segundo ele, os sintomas foram mais intensos nas primeiras 24 horas.
Ele afirmou que continua se recuperando, tem lapsos de memória daquele momento e enfrentou dificuldades de mobilidade. “Ainda é cedo para ter certeza, mas aparentemente ficarei bem”, disse.
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Pronto-atendimento de Santa Cecília, SC
Prefeitura de Santa Cecília/Divulgação
Lanches eram comuns
O vereador contou que é comum pessoas levarem comida ao pronto-atendimento como forma de agradecimento. Segundo ele, os próprios funcionários também costumam contribuir com lanches durante os plantões. “Uma hora um compra e assim vai”.
Sobre a mulher que levou o refrigerante, Granemann disse que a conhece e a descreveu como “uma pessoa normal”.
A mulher está presa. Ela é tia de um homem que trabalha no pronto-atendimento que está afastado desde o início de outubro, após denúncias de importunação sexual contra funcionárias. Ele também foi preso.
A Polícia Civil aguarda o laudo da Polícia Científica sobre a análise do refrigerante.
O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox/SC) analisou amostras biológicas dos funcionários intoxicados. De acordo com o órgão, foram feitas buscas por substâncias relacionadas a drogas, mas nenhuma foi detectada.
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