Xingamentos e agressões: cidade de SC registra 3 casos de violência a profissionais de saúde em 48 horas
18/08/2025
(Foto: Reprodução) A Prefeitura de Itajaí afirmou que repudia qualquer forma de violência.
PMI
Em apenas dois dias, Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, registrou três casos de violência contra profissionais da saúde. A informação foi confirmada pela prefeitura em nota divulgada nesta segunda-feira (18).
O episódio mais recente aconteceu no domingo (17), na UPA CIS. Um paciente que buscava um atestado médico deixou a unidade antes do fim do atendimento e, depois, passou a ofender verbalmente um servidor e filmá-lo sem autorização. A situação foi controlada pela equipe de segurança.
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Já na última sexta-feira (15), uma médica foi agredida no CIS, e no sábado (16), outro caso semelhante ocorreu no Hospital Marieta, envolvendo uma profissional da saúde.
Em nota, a Prefeitura do município informou que as ocorrências estão sendo investigadas pelas autoridades e que as unidades municipais receberão reforço na segurança. O órgão ainda lembrou que a legislação prevê penas mais duras para crimes contra profissionais da saúde, como lesão corporal, ameaça, desacato e crimes contra a honra.
“A Prefeitura de Itajaí repudia veementemente qualquer forma de violência e reforça que agressões verbais ou físicas contra servidores da saúde constituem crime. As unidades municipais receberão reforço de segurança, e a população é orientada a buscar sempre o diálogo respeitoso”, diz trecho da nota.
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O que dizem os dados
Casos de violência contra médicos aumentaram 68% em dez anos, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) obtido pelo g1.
Só em 2024, foram registrados 4.562 boletins de ocorrência, o maior número da série histórica. Isso significa que 12 médicos são agredidos por dia no país.
Segundo o levantamento do CFM, São Paulo lidera os casos de agressão a médicos: 832 BOs foram registrados no estado em 2024.
O Paraná fica em segundo lugar, com 767 ocorrências.
Minas Gerais é o terceiro mais violento, com 460 boletins de ocorrência só no ano passado.
Quase metade das vítimas são mulheres.
A maioria das agressões acontece em prontos-socorros e UPAs.
registro boletim de ocorrencia medicos
Arte g1/CFM
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